No sábado, 01/05, deixei o Fofucho acordar sem chamá-lo, já que no dia anterior ele tinha acordado às 16h para ir ao Piraquê, né?
Quando ele acordou, falou o seguinte: "Fofucha, me promete que o próximo ano não vai ser só de assunto de casamento, que eu não vou perder todos os finais de semana vendo coisas de casamento... por favor, me promete." Quase que falei com ele: "Tá bom, libero você de ver comigo o vestido, cabelo e maquiagem." Mas achei que poderia assustá-lo demais, não era hora de brincar.
Eu falei que evitaria falar para ele o que não precisava, para ele não se cansar, mas que agora a fase era de definição e ele precisava pelo menos ir comigo para definir o lugar e as alianças. Que de decoração e coisas mais periféricas, eu me encarregaria.
Saímos de casa, passamos na casa da Paulinha, amiga que foi conosco e perita em casamentos, para buscá-la. O Rafael ficou apavorado de saber que ela já casou, que o marido dela, Ximenes, estava indo para a praia naquele lindo dia de sol, e ela iria nos acompanhar. Ele falou que só iria porque era o dele, que não faria isso nem pagando. A Paulinha disse que antes de sair de casa o Ximenes perguntou se o Rafael ia. Ela disse que sim e ele respondeu: Ah, bem, eu passei o perrengue todo na época do meu, não tem essa de liberá-lo não, ele tem de ir!"
Decidimos mais ou menos o roteiro e fomos na primeira parada, o Fluminense. O salão nobre lá é bem bonito, eu me empolguei quando cheguei, fomos ver a agenda e, de 30/04 a 28/05, só havia o dia 07/05 disponível. Ficamos de ver na segunda-feira com a secretaria, já que quem nos passou essa informação foi o buffet, que, por ser exclusivo de lá, tinha a agenda. O problema é que o salão tinha subido, teríamos de conseguir um sócio para baratear (mas ainda para sócio o aluguel era cara, não era como o Piraquê, que para sócio é bem em conta) e seriam só 4 horas de festa. Pra você dá, é? Pra mim, não! Quero mais é que sejam 10 horas de festa! Tá, vai, aceito que sejam 5. Mas 4 não, aí já é demais. Se passasse uma hora, teríamos de pagar um percentual (acho que 20%) tanto do aluguel do salão quanto do buffet. Tá bom. Tchau e bença.
Partimos para a Capela Real do Flamengo. Essa era minha preferida. Primeiro porque é de Nossa Senhora das Graças, minha grande protetora, a da medalha milagrosa. Tenho toda uma história ligada a Nossa Senhora das Graças, porque sempre tirava a medalha para sair à noite, já que colocava uns acessórios que não combinavam... mas no dia que conheci o Rafael, tirei a medalha mas não me senti à vontade. Até fui sem a medalha no corpo, mas levei-a na bolsa. E não deu outra, encontrei meu marido. Chegando lá, não gostei muito do lugar, porque tem o maior morrão atrás e eu até estava disposta a encarar, mas minha mãe se incomodaria muito. Só que quando cheguei à igreja, fiquei apaixonada de novo, porque tinha, junto de Nossa Senhora das Graças, uma imagem enorme do Sagrado Coração de Jesus, meu outro grande protetor. Eu tinha feito uma promessa ao Sagrado Coração para que o Rafael passasse em um concurso, inclusive, até tenho de cumprir essa promessa, que é a de distribuir uns livrinhos divulgando a devoção ao Sagrado Coração. Quando vi as duas imagens juntinhas dos meus protetores, fiquei muito emocionada e comecei a chorar. Calma, não foi nada preocupante, foram umas lagrimazinhas de leve. Comecei a querer muito casar ali, principalmente porque essa igreja tinha salão e sem listinha de fornecedores, ou seja, você podia levar os fornecedores que quisesse, sem exclusividade. A Paulinha começou a dizer que já me via casando ali, o Fofucho gostou, enfim, tudo estava dando certo. Mas a moça com a agenda não estava ali. E para conseguir maio, igreja com salão é perreeeeengue total. E a gente queria a partir de abril porque a Rógea (cunhada) só pode vir dos EUA nessa época. E eu só queria a partir do dia 30 porque não queria casar na quaresma. Eu tinha gostado muito dali, mas tinha certeza de que quando meus pais chegassem, iam falar muuuito do morro atrás. Apesar disso, não contei para eles e ainda queria a Capela Real.
Fomos para a outra Capela de Nossa Senhora das Graças, que também tem salão, na São Clemente, em Botafogo. Lá eu sabia que a listinha de fornecedores era restrita, que o buffet era exclusivo de lá, e ainda assim, pela localização, era concorridíssima. Chegamos lá e a igreja estava fechada, Fofucho não conseguiu ver. Eu já conhecia de um casamento, a igreja é lindinha. Estavam decorando o salão, isso conseguimos ver. Rafael preferiu o outro porque o salão dessa era em L. Lá também não estávamos com a agenda, então, não conseguimos ver a disponibilidade.
Dali fomos para o Espaço Horto, no Jardim Botânico. O espaço é maravilhoso, e quando chegamos, já estava decorado para a festa daquele dia. Fiquei encantada, porque a chegada ainda tinha a lateral com o Jardim Botânico... muito bonito. Já comecei a tender pro Espaço Horto, porque ali eu poderia levar também qualquer fornecedor, só alugaríamos o espaço.
A essa altura do campeonato, já estávamos cheios de fome. Paramos numa barraquinha para comer pastel. Passamos na Capela Santa Ignez mas estava fechada. Nós já conhecíamos do casamento da Isabela em 21/04, mas a Paulinha não conhecia. Tinha ouvido falar que ali, apesar de haver listinha, esta era mais generosa, o leque de fornecedores era melhor. Ali o lugar era muito bom e a igrejinha muito linda e romântica também.
A próxima parada foi o Paissandu. Seria a última do dia, estávamos exaustos. O clube era maravilhoso, já estava decorado, lindíssimo... uma graminha verdinha perto do salão, no campinho de futebol... enfim, lugar irado. E caro, bem caro. Com pouquíssimas vagas na garagem, com ecad, com exigência de pagamento de segurança, enfim, com muito "grugru", como diz o Fofucho. Não era o que queríamos. Saí dali com a certeza de que queria a Capela Real, pelo simples fato de não existir listinha de fornecedores. Mas a disputa estava entre a Real, Espaço Horto e Santa Ignez.
Deixamos a Paulinha em casa e estávamos morreeeeendo de fome. Fomos almoçar no shopping para comprar nossas alianças! ÊÊÊÊÊ! Rodamos, rodamos, rodamos e até então estava ganhando uma da Monte Carlo. Ainda rolou uma discussãozinha porque eu queria grossa e ele queria fina. Não é nem por ser aliança, sempre gostei de anel maior, para realçar. Tenho impressão de que fina vai amassar. Eu também não gostava de aliança chapada e nisso concordávamos. Preferíamos a mais boleadinha. Uma aliança na Al Taj do Shopping Tijuca desbancou de longe a da Monte Carlo. Lá, ainda fiquei em dúvida entre duas, mas só tinha visto dela mais chapada. Quando ela sacou uma daquele modelo, mas mais boleada, que eu não tinha percebido na bendeja, não tive mais dúvida, era aquele modelo. Só que a do mostruário era muito grande pra mim e pequena para o Rafael. Fomos então à Vivara, a única loja do shopping que faltava ver, só por desencargo de consciência. Lá gostei de mais uma, pedi o preço, mas ficava muito mais cara. Era até mais barata, mas proporcionalmente (peso do ouro, modelo) ficava mais cara. Voltamos para a loja e só faltava decidir se seria aquela mesmo. Não adianta, não dá para ver como fica exatamente no dedo se for um número muito maior. Mas aí a vendedora colocou no dedo médio dela e deu perfeitamente. Foi a visualização perfeita. Bati o olho e estava decidido. Eu queria aquela! Boleadinha, nem muito grossa, nem muito fina, ouro brilhoso, a minha com um brilhante e a dele sem. Ficarão prontas dia 17. Tô doida para vê-las de novo, porque esqueci de tirar foto. :(
Voltamos para casa e acho que capotamos. Foi um dia super cansativo, mas também super produtivo. Eu não cabia em mim de tanta felicidade.
Acordamos no domingo e fomos à praia. Merecíamos aquele dia de lazer absoluto. Segunda seria também um dia muito cheio. O Rafael começaria nas Americanas enquanto o concurso não chamava, eu correria atrás de definir o lugar do casamento e o mais importante: nasceria nosso primeiro sobrinho!
Dormimos no domingo com a certeza de que o dia 03 de maio seria um dia para nós muito feliz.
Beijos!